Lua-O desafio de explorar repositórios de recursos educacionais abertos (REA) levou-nos a equacionar, em primeiro lugar, para que alunos se poderiam destinar, alunos de licenciatura ou de pós-graduação (mestrandos e doutorandos), e por outro a(s) temática(s) a desenvolver. A opção virou-se para os alunos de doutoramento nas temáticas de processamento estatístico, processamento de sinais electrofisiológicos e a modelação/simulação do movimento humano.

Enquadramento

À semelhança de muitas outras faculdades, também na FMH a orientação de alunos de doutoramento é realizado em regime tutorial de acordo com um plano de formação aprovado em sede do Conselho Científico (CC) e anualmente apreciado pelo mesmo CC sob parecer do orientador. Este paradigma encontra-se em fase de transição, com a progressiva implementação dos cursos de 3º ciclo (doutoramento), sendo a opção no sentido de estruturar o curso em duas partes: uma curricular, dedicada a aspectos genéricos estruturais tais como a introdução à metodologia de investigação científica e à formação em estatística; e outra específica virada para a formação básica na área científica específica, que no caso concreto abrange aspectos com o processamento de sinais electrofisiológicos e a modelação/simulação do movimento humano. Nesse sentido têm sido realizadas pequenas acções de formação, promovidas pelos diferentes orientadores de alunos de doutoramento de uma mesma área científica e que, no limite, se pensa possam vir a constituir a parte curricular dos cursos de 3º ciclo (doutoramento). Neste contexto, a opção pelo formato b-learning parece particularmente ajustada, tanto mais que grande número dos alunos de doutoramento não estão em permanência na faculdade.

 Recurso Educacionais Abertos seleccionados

 Os REA escolhidos repartem-se, assim, por três temáticas: a) processamento estatístico; b) processamento de sinais electrofisiológicos; e c) modelação/simulação do movimento humano.

Processamento estatístico: A decisão quanto ao desenho experimental e escolha das técnicas e procedimentos estatísticos é um dos aspectos estruturantes do processo de doutoramento na área científica de ciências da motricidade. A par da formação nos aspectos conceptuais da estatística importa, ainda, que o aluno possa utilizar de forma autónoma e competente uma das ferramentas de processamento estatístico: o software Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS). om este objectivoseleccionamos Research and Data Analysis http://wwwstage.valpo.edu/other/dabook/home.htm) da autoria de Daniel Arkkelin da Universidade de Valparaiso (Indiana, USA). Este recurso encontra-se organizado sob o formato de livro, por capítulos sobre as várias temáticas da estatística e a sua aplicação na investigação científica. Um dos principais objectivos deste recurso é a introdução ao SPSS com textos que explicam os procedimentos para a realização da exploração dos dados e o processamento estatístico. Outro dos objectivos é o mostrar ao aluno como é que pode utilizar o SPSS no sentido de interpretar e apresentar os resultados. Não se trata de uma formação básica em estatística, mas antes uma formação complementar e muito orientada para as necessidades de interpretação dos resultados em contexto científico. Acompanhado de vídeos e de algumas bases de dados, permite, ainda, a realização de exercícios para sedimentação do conhecimento.

 Processamento de sinais electrofisiológicos: No contexto da análise do movimento humano entende-se como sinais electrofisiológicos todos os outputs dos sistemas de registo cinemático, cinético e electromiográfico. Habitualmente estes sistemas fazem registos em vários canais (8-10) a frequência de amostragem entre os 1000 e os 2000 Hz. Os output são ficheiros binários com 8-10 colunas e 1000-2000 linhas por cada segundo de registo. Para o processamento destes ficheiros existem algumas aplicações comerciais, nomeadamente o software Matlab, cuja utilização está limitada e circunscrita à faculdade, dado que a licença de utilização exige a ligação à intranet da faculdade. Foi neste contexto que integramos a escolha da aplicação Python (http://www.python.org/) promovido pela Python Software Foundation. A facilidade de programação, intercâmbio de códigos e sobretudo a acessibilidade fazem do Python uma opção muito útil em particular para aqueles que se iniciam na programação. 

Modelação/simulação do movimento humano: Na mesma linha de opções que presidiu a escolha da aplicação Python também no que se refere à iconModelsBigodelação/simulação do movimento humano optamos por uma aplicação m regime de open source, o OpenSim http://nmbl.stanford.edu/research/software/index.htm). Na realidade trata-se de um pacote de aplicações desenvolvidas pelo Neuromuscular Biomechanics Lab da Stantford University, USA. A par do OpenSim é ainda possível aceder a outras ferramentas para a bio-modelação/simulação tais como o SimTk. O OpenSim integra, ainda, uma base de dados (library) de modelos e códigos de simulação que podem ser consultados, trocados e aperfeiçoados no seio da comunidade com acesso.

 Implementação

 A estratégia de implementação destes REA tem sido objecto de reflexão e de alguma experimentação a propósito da orientação de uma aluna de doutoramento que reside em Guimarães. Até ao momento temos concentrado a nossa atenção na elaboração de tarefas com base na resolução de problemas práticos sobre temáticas integradas no projecto de doutoramento, cuja resolução nos parece permitir explorar as aplicações informáticas. Contudo, todo o processo carece de avaliação e apreciação critica de modo a serem destacados os aspectos positivos e negativos.

Hoje escrevo sobre Recursos Educacionais Abertos (REA) no âmbito do curso de e-learning. O prazo para esta actividade terminava ontem. Não há desculpas! Mas estou aluado … apREA!!

Os Recursos Educacionais Abertos (“Open Educational Resources”) referem-se aos recursos de ensino, aprendizagem e de investigação, de acesso livre e que foram disponibilizados sob licença que permite a sua livre utilização e/ou edição/actualização. Os OER incluem cursos, material de cursos, módulos, manuais, vídeos, testes, software ou outro material ou técnica que permitem o acesso ao conhecimento.

A definição de REA depende dos utilizadores ou promotores. Se todos concordam na facilidade de acesso, os REA são para aqueles que aprendem recursos que suportam o desenvolvimento de competências individuais; para os professores, são recursos que facilitam o processo de ensino-aprendizagem; para os técnicos, são sistemas que permitem de forma simplificada a edição e inclusão de conteúdos; e para os gestores institucionais, recursos que pela sua ampla difusão possam gerar serviços para os utilizadores (alunos e professores).

Os recursos educacionais abertos (REA) são suportados por duas características fundamentais: 1) facilidade de acesso; e 2) modularidade. A facilidade de acesso de um recurso educacional depende de um conjunto de constrangimentos tanto ao nível social/institucional como técnico. O carácter gratuito do acesso, a disponibilização de licenças de acesso, e a facilidade técnica de inter-operacionalidade permitem, só por si, definir se um determinado recurso pode ser considerado REA. Mas é a modularidade do REA, i.e., a possibilidade dos utilizadores acrescentarem facilidades e conteúdos, que assegura a continuidade e o desenvolvimento do recurso. Estas duas características conferem aos REA potencialidades de crescimento rápido, a baixo custo, assim como o desenvolvimento de produtos (recursos) de grande qualidade e adaptados à necessidades dos utilizadores.

Repare-se que os REA baseiam-se conceptualmente numa ideia estruturante: o conhecimento em todas as suas facetas é um bem público. Esta concepção rompe com a estrutura dominante de produção de conhecimento socialmente delegada nas universidades e centros de investigação. No limite, os REA permitem que qualquer cidadão do mundo possa aceder ao conhecimento e, mais importante, ser autor de novo conhecimento, disponibilizando-o de imediato aos restantes membros da sociedade.

Num momento de mudança do paradigma da educação, cada vez menos um processo de transferência de conhecimento e mais de promoção de capacidades de pensar e agir, os REA podem assumir um papel de relevância, promovendo o acesso ao conhecimento e a interactividade. Sem esquecer as potencialidades dos REA na promoção do conhecimento em países e regiões em que os factores económicos são determinantes para a educação das populações. O potencial advinha-se crescente, assim como os desafios. Apesar de, no essencial, os REA serem de acesso livre, dependem (ainda) de algum hardware e de uma infra-estrutura mínima. Num planeta em que só cerca de 23% da população tem acesso à Internet este é sem duvida um desafio para os REA. Por outro lado, a proliferação de recursos num processo auto-regulado pelos próprios utilizadores aumenta o ruído e obriga a alguma selecção, nem sempre natural, por parte dos utilizadores. Por ultimo, e no que se refere aos riscos, as questões da propriedade intelectual e da qualidade dos conteúdos ainda não está totalmente esclarecida. Ainda está por conseguir  o equilíbrio entre os benefícios públicos e as necessidades do autor que o encorajem a produzir novos conteúdos. Alguns dados empíricos sugerem que a proliferação da “cópia” mais ou menos “pirata” tenha levado à ruína do autor. A Microsoft e Bill Gates são bem prova disso! Mas é um risco dos REA, pois interfere com a qualidade dos conteúdos disponibilizados. A ausência de concorrência, dado que todo o processo se suporta na cooperação, é outro risco que pode comprometer o desenvolvimento de REA de qualidade.

Nesta Páscoa o livro de Luis de Sttau Monteiro , “Felizmente há Luar” cruzou-se no meu caminho. Já não recordo quando li este livro. Muito provavelmente numa qualquer actividade da disciplina de Português, lá para o 8º ou 9º ano de escolaridade. Recordo muito pouco sobre este livro. Mas lembro-me da actividade: um resumo do livro ou de uma das peças.
Esta semana, no ambito do curso de e-learning, temos como actividade algo parecido: estudar e discutir um conjunto de casos práticos do Program in Course Redesign do National Center for Academic Transformation (EUA). Ainda não sei muito bem o que isso é. Mas deve ser essa a ideia: passar a conhecer! Só espero esquecer a actividade mas conseguir lembrar-me do conteúdo.  “Felizmente há Luar” porque senão … estava tudo negro!!

Hoje estive “horas” a acompanhar o forum de discussão que se desenvolve no ambito do curso de e-learning. E como seria de esperar veio “à baila” a temática do tempo. Expressões como “time consuming” ou o “recurso tempo” associados ao e-learning estão em debate. Julgo que todos reconhecem a importancia e as potencialidades do e-learning mas começam a constatar que lhes poderá ocupar muito do seu tempo. Mas não é disso que quero falar!!

Pois é no meio desta discussão que aparece, sob a forma de video, Randy Pausch que nos fala de estratégias de gestão do tempo numa conferencia em Carnegie Mellon (USA). O inicio é impressionante: “… venho falar-vos de gestão do tempo. Neste momento julgo ser uma autoridade na matéria. Tenho cancro de pancreas e restam-me pouco mais de 3 meses de vida”. Impressiona o posicionamento deste homem que com tão pouco tempo de vida decide partilhar parte desse seu tempo tão precioso, dizendo-nos como não desperdiçar o tempo. Sugere coisas tão simples como o recurso a “multi-monitores” de computador para organizar o nosso campo visual ou a manter-se de pé enquanto atendemos o telefone, pois reduz o tempo desperdiçado.
Ao ver e ouvir Randy não pude deixar de pensar: “Estivestes horas ao computador “. Have I done the right thing?

Vale a pena ver!! 
http://www.youtube.com/watch?v=oTugjssqOT0

http://www.youtube.com/watch?v=ji5_MqicxSo

Como já devem ter reparado a lua está em quarto crescente, mostrando (como de costume) a forma de um “D” bem desenhado. Dizem que a lua é mentirosa pois quando mostra um “D” significa Quarto Crescente e quando desenha um “C” está em Quarto Minguante (Decrescente). Mas a lua não mente! Limita-se a seguir o seu percurso em torno da Terra. Ora exercendo a sua influência sobre uns, ora mostrando-se a outros. Tenta chegar a todos e mostrar-se sempre brilhante. Algumas vezes em Quarto Crescente, outras em Quarto Minguante mas sempre genuina. Não quer mentir. Sabe que não pode mentir pois sabe que do outro lado está … a Cara-Metade. E em Quarto Crescente a Cara-Metade deixa adivinhar um “C” de Carinho e … Amor!

0511-0810-1304-2943_cartoon_x-ray_of_a_shoulder_clipart_image2Bem-vindos ao meu blog!

É curioso como somos tão possessivos!
O “meu blogue”!
Como se isso fosse alguma coisa de especial. Mas é “meu”.

Dizem que pode vir a ser a minha “cara-metade”. Livra!

Só se for a minha “CARA-METADE da LUA”